Casos de dengue, zika e chikungunya aumentam em Pernambuco
De acordo com a SES, o aumento das ocorrências se dá principalmente no Sertão do estado, área que não foi tão afetada nas epidemias anteriores. O município de Salgueiro é a região com o maior aumento de notificações
O número de casos suspeitos de arboviroses em Pernambuco aumentou em 2019. No período de 1º de janeiro até 25 de maio, o estado registrou um crescimento de 158,1% nos casos notificados de zika, 73,2% nos de chikungunya e 68,4% nos de dengue, em comparação com o mesmo período em 2018. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Esses percentuais equivalem, respectivamente, a 1.381 notificações de zika, das quais 35 foram confirmadas; 2.914 de chikungunya, com 137 confirmações; e 20.402 casos suspeitos de dengue, sendo 3.667 confirmados, nesse período em 2019.
Entre os dias 6 e 10 de maio, foi realizado o 3º Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegpyti (LIRAa), que analisa a presença de larvas nos imóveis. Foi detectado que 149 municípios pernambucanos estão em situação de risco elevado para transmissão, sendo 68 em situação de risco de surto e 81 em situação de alerta.
Ainda segundo o governo estadual, 19 cidades pernambucanas estão em situação satisfatória para transmissão e outras 16 não enviaram as informações para a Secretaria Estadual de Saúde.
De acordo com a SES, o aumento das ocorrências se dá principalmente no Sertão do estado, área que não foi tão afetada nas epidemias anteriores. O município de Salgueiro é a região com o maior aumento de notificações.
Tecnologia
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde afirma que tem focado na capacitação dos agentes de endemias, que fazem as visitas domiciliares para detecção, tratamento e eliminação dos focos do mosquito Aedes aegypti, e também dos profissionais de saúde que atendem a população.
Para auxiliar nesse trabalho, os agentes ganharam um aplicativo, o e-visit@PE, que permite o envio das informações das visitas em tempo real. Dessa forma, o trabalho se torna mais ágil, otimizando a consolidação dos dados e a tomada de decisões pelos gestores municipais e estadual, segundo a SES.
Seis municípios do Agreste (Pesqueira, Sanharó, Alagoinha, Ibirajuba, Poção e Jurema) e sete do Sertão (Belém do São Francisco, Cedro, Mirandiba, Salgueiro, Serrita, Terra Nova, Verdejante) fazem uso dessa tecnologia.
A expectativa do governo estadual é que, até o final do ano, todos os municípios pernambucanos estejam utilizando o aplicativo. O sistema foi desenvolvido pela Secretaria de Saúde do Mato Grosso do Sul e cedido à SES.
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